Contos da noite

Insônia 

    Era mais de meia noite, quando fui deitar-me, e mesmo com meus olhos se fechando e pesando, mesmo com minha cama aconchegante e o edredom acariciando minha pele, o sono parecia estar de pirraça. Olhei para o teto do meu quarto, e só via escuridão, mais logo um fecho de luz iluminará, rapidamente meu recinto, mais logo descobri que era apenas o farol de um carro, dobrando a esquina de minha rua.
     Sentei-me na cama, e com meus dedos, esfregava meus olhos, que teimavam em querer fechar, mais cade o sono?
     Insônia assombrosa, deixar-me em paz. Quero mergulhar em um sono agradável, sonhar o sonho de quem sonhou comigo, caminhar em terras criadas pela minha mente, ser o herói, voar no imaginário, ter super poderes e até me casar, mais sem você, meu querido sono, como poderei alcançar tamanha façanha.  
    Estou louco? Será que estou tendo alguma alucinação? Sono, meu rei, meu amado, por ande andas? Será que esquecerá o caminho que o leva até a mim? Como viverei meus dias sem você?
    Fechei meu olhos, contei inúmeros carneirinhos, cantei mentalmente, como que eu mesmo me ninasse, mais nada adiantava, então percebi, que o que causava minha tão indesejada insônia era meu livro de cabeceira, que gritava para que eu retornasse ao seu mundo e vivesse a historia que era a minha mesma.


Ralph Willians
        
         

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